quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Capitulo 34 (parte V)

Boa noite meninas!
Antes de tudo queria pedir-vos muitas muitas desculpas pela demora, novamente, em postar, mas tenho andado numa má fase e não tenho tido muito tempo nem paciência, sem falar na falta de inspiração! Mas bom, finalmente consegui terminar o capitulo, portanto, aqui está ele, espero que gostem!
E novamente, desculpem-me tanta demora, espero que compreendam e não desistam de ler a minha fic!
Beijinhos <3

(Rodrigo)

-Como é que tens tanta certeza? - perguntou a Mónica, de repente. Um ar sério se abatera sobre o seu semblante.
-A gente tem sempre cuidado, amor - Ela não deu resposta alguma e a dureza do seu rosto se manteve. Aí entendi que o ambiente tava ficando pesado entre a gente, mas não percebi porquê exatamente.
-Oh casalinho, discutam esses pormenores sozinhos, está bem? Não me apetece muito ouvir por acaso quantas vezes é que vocês se enrolam debaixo dos lençóis! - falou o Rúben, fazendo todos os outros na mesa rir, porém, eu e a Mónica não comparticipamos disso. Enquanto ela tentava por tudo não fixar o olhar em mim, eu fazia o oposto em relação a ela, tentando perceber o que é que eu tinha falado de errado. O Rúben já tinha trazido um novo assunto à mesa, mas eu não conseguia prestar atenção.
-Com licença! - disse a Mónica, de repente, saindo da mesa abruptamente e subindo as escadas correndo, em direção quase certa de destino ao quarto.
-O que é que se passou? - perguntou o Mauro, desorientado.
-Eu vou ver ela! - se levantou a minha irmã imediatamente.
-Eu vou contigo! - se juntou a Filipa, seguindo a minha irmã escadas acima.
-O que é que se passa? - voltou o Mauro a perguntar.
-Puto, foste um bocado agressivo!
-Porquê? O que é que eu falei de errado?
-Viste a tua resposta quando eu disse que tinha esperança de ser tio? Foste pior que direto e foste bruto!
-Eu só falei o que eu acho.
-Falaste mal, puto! Parecia que me querias matar só por ter posto a hipótese, que nem era hipótese nenhuma!
-Não! Mas é que todo mundo anda querendo que isso aconteça com a gente!
-É bom sinal, ao menos desejamos-vos bem! - falou o Mauro.
-Isso, mas agora tu cala-te que eu quero tentar pôr juízo na cabeça deste miúdo! - voltou a dirigir a palavra pra mim. - Sabes que as mulheres são, quer dizer, no geral, são muito sensíveis nesse assunto, é o sonho de todas elas, e tu dizeres isso assim dessa forma abrupta, magoa. E tu sabes que a pequenina é doida por ti e tu por ela, vocês têm tempo, mas fala com calma, de uma maneira mais calma, com mais sensibilidade. A pequenina é sensível, sabes isso. - E aí entendi. Tinha magoado ela com aquilo, falei sem pensar direito, fui insensível e magoei a minha menina sem querer.
-Se calhar devias ir falar com ela - sugeriu o Mauro.
-Não, agora não puto. Deixa elas descerem, deixa-a um bocadinho sozinha e depois vais lá.
-Tá - concordei, não retomando o animo que seria suposto pra essa noite.
-Vá, agora vamos lá fazer alguma coisa! Toca a levantar a mesa às meninas! - instigou o Rúben. Me levantei pra ajudar eles, mas a preocupação me enchia o pensamento.

Visão Mónica

A reação do Rodrigo tinha-me magoado. Parecia que um choque tinha percorrido a minha corrente sanguínea e ao chegar ao coração, fê-lo tremer. Não sabia exatamente, para além da reação normal expectada numa situação assim, porque é que me tinha afetado tanto, mas não consegui permanecer mais tempo à mesa, por isso levantei-me e decidi acudir-me no quarto. E as lágrimas jorraram dos meus olhos. Precisava de deitar o aperto que tinha para fora e chorar ajudava. Mas este momento sozinha durou pouco, pois alguns segundos depois bateram à porta.
-Mónica? - chamou a Mariana. O simples facto de ouvi-la chamar-me fez-me chorar mais. Devagar ela abriu a porta e entrou, seguida pela Filipa. - Não chora assim - lamentou, sentando-se ao pé de mim e abraçando-me, ao que a Filipa se juntou ao abraço. Continuei a chorar enquanto elas permaneceram a envolver-me no grande abraço, abraço esse que me ajudou e me fez acalmar, cessando depois o choro.

-Obrigada - agradeci-lhes num tom um pouco rouco.
-Não tens de agradecer, princesa. Nós queremos é que fiques bem, não queremos ver-te assim!
-O que o Rodrigo disse magoou-me.
-O meu irmão foi bruto falando daquele jeito, mas você sabe que ele te ama! - disse a Mariana docemente.
-Mas magoou-me.
-Nós percebemos-te, princesa, é normal sentires-te assim, mas olha ele falou da boca para fora! Agora acalmas-te um bocadinho e depois falam os dois sozinhos, pode ser? - pediu a Filipa. Hesitei um pouco, mas acabei por responder.
-Pode - concordei. Sempre fora assim, sempre defendera que primeiro deve conversar-se. Então conversaria primeiro com o Rodrigo e depois decidia se valia a pena continuar chateada ou não.
-É isso aí! - sorriu-me abertamente a Mariana, pousando uma das suas mãos em cima da mão que não estava envolta nas mão da Filipa. - Quer ficar um pouquinho sozinha agora pra se acalmar?
-Sim - assenti com um leve sorriso.
-Então pronto, nós vamos descer, e provavelmente levantar a mesa! - disse a Filipa, revirando ironicamente os olhos, o que me fez abrir um pouco mais o sorriso. - Isso mesmo, sorri! - sorriu-me, levantando-se da cama ao mesmo tempo que a Mariana. - Qualquer coisa estamos lá em baixo.
-E se não quiser ir lá em baixo manda uma mensagem pra gente que a gente vem correndo ter com você, tá?
Está bem, obrigada meninas - agradeci.
-Deixa de ser boba, menina! As amigas servem pra quê, hein? - sorriu a Mariana. Trocamos um último sorriso e elas saíram. Tornei a ficar sozinha com os meus pensamentos e a minha mágoa quase revitalizada. Era claro que ser mãe era um sonho meu, afinal, é um sonho comum a quase todas as mulheres, e ouvir a pessoa que amamos e com quem já imaginamos um possível futuro, dizer com aquela brusquidão toda que não vai ser pai agora nem tão cedo é claro que magoa. Nunca tínhamos falado acerca disso, se calhar por isso é que me chocou mais essa reação dele, mas já que este pequeno desentendimento surgiu, surgia agora também uma primeira conversa sobre o assunto. Chegarmos apenas a um consenso, saber a opinião um do outro relativamente ao tema, mas conversar sobre isso e ter já uma base que ampare minimamente quando procedem coisas destas. Estava a divagar sobre tudo isso quando batem novamente à porta, abrindo-a cuidadosamente em seguida. O Rodrigo apareceu do outro lado. Tinha um ar preocupado e posso dizer que algo culpado, pedindo silenciosamente desculpas.
-Amor... - disse, fechando a porta atrás de si. Não lhe disse nada, por isso ele prosseguiu. - Desculpa ter reagido daquela forma. Eu nem sei porque é que eu reagi daquela forma tão bruta, eu não pensei...
-Não me digas.
-Não fica triste comigo, por favor. Eu não quero ver você desse jeito.
-Então vamos conversar.
-Vamo - concordou, sentando-se à minha frente na cama.
-E se eu estivesse grávida agora?
-Você tá? - perguntou, algo alarmado.
-Não - esclareci rapidamente. - Mas e se estivesse? Ias fugir porque não queres ser pai agora?
-Não, claro que não!
-Pela tua resposta à mesa não foi o que pareceu.
-Mas eu falei sem pensar, meu amor, eu fui um babaca!
-Podes crer que foste!
-Mas eu te amo - disse, chegando-se para mais perto de mim.
-A tua sorte é que eu sei que é verdade, e eu também te amo.
-Então me perdoa?
-Sim - asenti, vendo logo em seguida o seu sorriso e sentindo os seus braços envolverem-me num abraço.
-Obrigado, meu amor - agradeceu. - Eu prometo que não vou voltar a ser um babaca e falar sem pensar! E eu não tou contando ser pai agora, mas se acontecer eu te prometo que eu vou ficar do seu lado do mesmo jeito!
-Acho bem que sim!
-Prometo! - reafirmou, olhando-me diretamente. - Posso te dar um beijo? - perguntou respeitosamente.
-Podes - respondi, mal tendo tempo para exibir um breve sorriso, pois ele colou a sua boca à minha.

Visão Filipa

Que tivesse memória, nunca tinha visto a Mónica chorar daquela maneira, mesmo não a conhecendo há tanto tempo assim. Custou-me imenso ver a minha melhor amiga daquela maneira, mas com um mega abraço meu e da Mariana e algumas palavras meigas conseguimos acalmá-la e até fazê-la sorrir, por mais breve que fosse o sorriso. Saímos do quarto e regressámos ao andar inferior, já com a intenção de ir levantar a mesa, visto que os rapazes geralmente só tinham a vontade necessária para comer, mas quando lá chegamos o trabalho já estava feito.
-Eh lá, oh Mariana, que santo é que caiu do altar? - virei-me espantada para a irmão do namorado da minha melhor amiga.
-Três pelo menos caíram! - respondeu, dando uma pequena risada em seguida.
-Digam lá que não foi uma boa surpresa? - perguntou o Mauro, com um ar satisfeito.
-Foi sim! - respondeu a Mariana.
-Mas quem deu a ordem fui eu, senão não havia mesa levantada! - contrapôs-se o meu namorado, como sempre, de cada vez que a ideia provinha dele.
-Vê lá oh florzinha, não te caía a coroa! - gozou o Mauro.
-Tu já nem sabes o que dizes! Então estás a misturar flores com rainhas? - disse o Rúben, julgo que já com a intenção de adquirir o mérito ao gozar com o Mauro de forma modesta, mas eficaz.
-Hã? - baralhou-se o Mauro. Eu e a Mariana demos uma breve gargalhada.
-Vês, nem tu já sabes o que dizes! - riu também o Rúben, obtendo apenas um encolher de ombros resignado da parte do Mauro.
-Bem, mas já que foste tu que tiveste a ideia, podes aplicá-la quando ficas lá em casa, amor - meti-me com o Rúben, apoiando-me no seu ombro.
-Eu ajudo-te quando fico lá
-Não estou a dizer que não, é só para não te esqueceres, que assim é que és lindo!
-Só assim? - respondeu avidamente, com um sorriso.
-Pronto, assim és ainda mais lindo, está bem?
-Assim está! - riu o Rúben.
-Eu vou lá em cima falar com a Mónica - disse o Rodrigo, com um ar um pouco pesaroso.
-Podes ir, ela já está mais calma, mas há uma coisa que te obrigo a fazer, que é pedires desculpas. E tem atenção à maneira como falas com ela, por favor -disse-lhe, não querendo tornar-me ameaçadora, mas zelando pela minha melhor amiga, e secretamente por ele também, porque era óbvio que ambos se amavam, e não podia ser devido a uma atitude imprudente dele que as coisas iam ficar mal.
-Eh lá, amor, onde é que aprendeste a ser ameaçadora tão subtilmente? - sorriu-me o Rúben.
-Não estou a tentar, nem a ser ameaçadora, não estou mesmo Rodrigo - disse, dirigindo-me novamente a ele - , mas ela é a minha melhor amiga e eu detesto vê-la sem um sorriso, ainda por cima por causa de uma atitude imprudente da tua parte!
-Eu entendo, e pode deixar que eu vou pedir desculpas pra ela e vou ter calma - assegurou.
-Vá, vai lá, puto. E já sabes, calma, se faz favor - disse-lhe o Rúben, ao que o Rodrigo assentiu e subiu as escadas para o andar superior.
-E a gente vai fazer o quê? - perguntou a Mariana, enquanto regressávamos à sala.
-Bem, geralmente eu quero ficar e fazer alguma coisa, mas hoje apetece-me chegar à cama brevemente! - disse o Rúben.
-Por acaso também já me ia deitar! - disse também o Mauro.
-Vou só ficar à espera para ver como é que aqueles dois ficam e depois vamos, pode ser princesa? - perguntou-me o meu namorado.
-Sim, claro amor - concordei. Acabamos por nos sentar a conversar, até que ouvimos os esperados passos a descer as escadas. Virámo-nos para trás e deparámo-nos com a Mónica e o Rodrigo abraçados e com sorrisos na cara.

-Ora finalmente, que lindos que eles estão outra vez! - sorriu o Rúben, assim que les se sentaram ao pé de nós. Eles apenas sorriram.
-Ele pediu desculpas pra você? - perguntou a Mariana.
-Sim, e já conversámos, está tudo bem - esclareceu a Mónica, sorrindo. Era bom tornar a vê-la sorrir, aliás, aos dois.
-Bem ainda bem que está tudo bem, garanto que saia daqui até vocês se entenderem, por mais que me apeteça ir para a cama e só acordar amanhã, por isso, visto que já está tudo bem conversado e já trocaram as caras feias pelos vossos sorrisos fantásticos, eu e a minha princesa vamos embora!
-é de estranhar quereres ir já embora, mas pronto, se queres vai, Rú! - disse a Mónica.
-Estou cansado hoje, pequenina.
-Então vai, vá, para amanhã estares capaz de aguentar mais que hoje!
-Olha-me esta... Mas pronto, nós vamos, então - levantámo-nos e todos se levantaram tsmbém para se despedirem de nós.

Visão Rodrigo

Depois de o Rúben e a Filipa irem embora, a minha irmã e o Mauro ficaram pela sala enquanto eu a Mónica demos as boas noites e subimos para o nosso quarto. Depois de trocarmos a roupa pelos pijamas e termos escovado os dentes, nos deitamos e eu envolvi o seu corpo nos meus braços.
-Desculpa ter sido um babaca com você, amor - falei, interrompendo o silêncio.
-Já te desculpei, amor.
-Mas eu ainda tou me sentindo mal de ter deixado você daquele jeito.
-Esquece amor, já passou, vá - disse ela, passando a mão no meu rosto.
-Com que idade que você gostava de ter filhos? - perguntei. Queria ficar mais esclarecido quanto às ideias e planos do futuro dela, para poder organizar os meus pensamentos sobre isso também.
-Não tenho uma idade especifica, amor, mas antes dos 30 com certeza.
-Tá... Mas olha, seja com a idade que for, você vai ser uma grávida linda, meu amor! - Ela apenas gargalhou, mas compartilhando um olhar e um sorriso meigo. Sorri igualmente pra ela e a abracei, terminando a conversa.  Era certo que eu queria ter tudo mais ou menos estudado, mas por agora eu só queria adormecer abraçado a ela.

-Belo serviço ontem, hã puto? - falou o Rúben, após alguns minutos de conversa banal, os mesmo que iniciaram o diálogo desde que havíamos chegado no Caixa, para mais um treino.
-É, eu sei...
-Passaste-te mesmo! É que juro que por instantes nem parecias tu, puto! E tu sabes perfeitamente do alto nível de sensibilidade da Mónica!
-Foi muito mau mesmo, mas a gente conversou e depois de vocês irem embora eu voltei a pedir desculpas pra ela e a gente agora já tá bem.
-Ainda bem, senão acredita que não paravas de me ouvir até estarem bem!
-Ainda bem que a gente já tá bem, então! - ri. Pouco depois seguimos caminho até aos balneários pra nos equiparmos e começarmos o treino.
Durante o treino me surgiu a ideia de fazer uma surpresa à minha menina, principalmente por ainda sentir um incômodo dentro de mim pela situação da noite anterior, pelo que decidi que iriamos jantar fora. Me despachei mais rápido que o habitual, apanhando o novo ritmo do Rúben se despachar agora, porque obviamente queria ir ter com a Filipa.
-O que é que estás a preparar, para já estares despachado? - me perguntou o Rúben, com um sorriso jocoso;
-Vou fazer uma surpresa à Mónica e levar ela a jantar fora!
-Ai que romântico que eu estou! - riu. - Mas fazes bem, puto. E também é uma cena para te redimires do que aconteceu ontem, ou não é?
-É - confirmei, sabendo que seria impossível negar, de tão bem que ele já me conhecia. Chegamos junto das meninas instantes depois, e eu me abracei logo à minha namorada, a deixando com um sorriso aberto após a brindar com um beijo.
-Ai que querido! - sorriu.
-Aproveita que depois do querido vem o mel a mais! - riu o Rúben, gozando com a gente, enquanto rodeava a cintura da Filipa.
-Oh Rú, não sejas desmancha-prazeres, ele é querido e nunca é demais! - falou a minha pequenina em meu auxilio, segurando a minha mão enquanto os quatro nos dirigíamos pró parque de estacionamento.

Visão Mónica

-E quando a gente chegar em casa você vai se por ainda mais linda porque a gente vai jantar fora! - anunciou ele, quando já estávamos perto de casa.
-Hmm, e deve-se a alguma coisa em especial, ou só porque sim? - quis saber.
-Porque eu te amo, porque você é linda e eu te amo, porque eu quero fazer você feliz e te amor, porque você é a mulher da minha vida e eu te amo...
-Está bem, está bem, já percebi! - impedi-o de continuar, sabendo que por ele ficava ali uma data de horas. - E eu também te amo! - retorqui, dando-lhe um beijo no rosto, pois ele estava a conduzir.
-Só isso?
-Só isso? Como assim? - não percebi.
-Só esse beijinho? Foi fraquinho!
-Fraquinha é a tua tia, está bem? Estás a conduzir!
-Mas esse beijo foi fraco! - voltou a dizer, quando parou num sinal vermelho. - E agora você pode aproveitar e fazer direito.
-Estás muito esquisitinho, tu! - reclamei.
-Eu tou exigente, não esquisito, viu?
-Ai é? Vê lá... - ia começar a reclamar novamente, não num tom chateado, mas no nosso tom de implicância, porém ele impediu-me, tapando as palavras com os seus lábios.

No entanto, quando ia começar a dar-lhe a exigência que ele pedira fomos interrompidos por uma buzinadela, o que me fez dar um pequeno salto de sobressalto, por isso e pelo facto de ele se ter afastado de mim tão rapidamente. - Vês como é que a tua exigência te trata? - ri.
-Do que é que você tá falando? - fingiu-se desentendido, voltando a por o carro a andar.
-Da buzinadela! Decidiste que querias ser exigente e depois olha!
-Nem escutei!
-Ai não? Então porque é que te afastaste de mim tão rápido? - sorri, esperando a sua nova contraposição.
-Porque percebi que o sinal tinha aberto!
-Ah, sim, pois claro... - ri, enquanto ele tentava manter uma postura indiferente, porém a vontade de rir era evidente.

-Pode demorar o tempo que quiser! Quero ver você linda! - sorriu-me, tirando uma camisa do armário. Estávamos ambos de roupa interior, após um duche rápido.
-Ai que lindo, vais de camisa! - observei, sorrindo-lhe também.
-Chegar ao nível da sua beleza não é fácil, tá? Tenho que me aprontar direitinho!
-Ui, a minha beleza é estonteante, sabes? - ironizei, exibindo um sorriso do mesmo modo.
-Você é linda, viu? - segurou as minhas mãos.
-Hm... - murmurei, não dando tanta concordância às suas palavras, enquanto separei vagarosamente as nossas mãos, dirigindo-me agora eu ao armário.
-Ainda pra mais assim - disse, percorrendo o meu corpo com um caloroso olhar.
-Olha quem fala! Já te viste ao espelho assim? - frisei, passando demoradamente o meu olhar pelo seu definido e esbelto corpo.
-Observar um corpo assim, só o seu, e não tou querendo ver mais nenhum! - sorriu, observando-me novamente de alto a baixo.
-É melhor quereres, pelo menos o teu, senão essa perfeição toda começa a ficar menos bonita - brinquei, com um leve sorriso no rosto.
-Você não deixa isso acontecer...
-O teu trabalho não dá muito desconto nisso! - corrigi.
-E você também. Ou você pensa que esse trabalho todo que você me dá debaixo dos lençóis não ajuda? - contrapôs, sorrindo e puxando-me de encontro ao seu peito.
-Ai, pronto, tinha de vir! - sorri, revirando os olhos. - Vá, vamos mas é vestir-nos, porque fome é coisa que não me falta! - Ele gargalhou, separando-nos em seguida. Eu voltei então ao armário e fui rápida a decidir o que vestir, optei por algo simples, calçando-me logo em seguida. Acabei de pentear-me e a campainha tocou.

-Amor, cê se importa de ir abrir? Eu tou terminando de me vestir - pediu, após terminar de se calçar, levantando-se para apertar o cinto das calças.
-E depois nós é que demoramos horas, não é menino? - ri, saindo em seguida do quarto até ao andar inferior para abrir a porta.