sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Capitulo 34 (parte IV)

Buenas noches, meninas!
Como é hábito, peço muitas muitas desculpas por não postar há imenso tempo, mas de facto não consegui antes! Está realmente pequenino, mas foi o que vos consegui, espero que gostem de qualquer forma, e espero os vossos comentários!
Besitos <3

Visão Rúben

Sinceramente, ainda parecia que estava num sonho. Sentia-me tão feliz que às vezes duvidava se de facto estava a vivenciar aquilo. Sabia bem voltar a sentir-me assim.
Depois de levar a Filipa ao Estádio, segui, finalmente, com destino à minha casa. Já quase parecia uma casa fantasma. Mal lá punha os pés e a minha mãe já há alguns dias que também não lá ia. Desta vez a estadia não se prolongou muito mais. Fiz as coisas mais vagarosamente, mas depois de pronto e de ter arranjado o saco de treinos, fui até ao salão da minha mãe, um tempinho antes de seguir para o treino, que seria no Estádio, a pedido especial do Mister, que teria uns compromissos lá logo após o nosso treino terminar.
-Boa tarde! - sorri, ao entrar no salão.
-Olá filhote! - sorriu-me a minha mãe, indo ao meu encontro e aconchegando-me com um abraço e dois beijinhos. - Decidiste aparecer finalmente? - disse-me, mais num tom de desdém jocoso do que propriamente aborrecido.
-Decidi pois! Não estou aqui? - sorri-lhe.
-Lisboa não te larga, agora!
-Sou mais eu que não quero largar Lisboa, mãe!
-Então porquê? Seduziste um sinal de trânsito ao pé do Estádio, foi?
-Aí, oh mãe, é o Mauro que te anda a ensinar essas piadas foleiras, não é?
-O teu irmão vem ver-me mais que tu, mesmo que não seja muito mais vezes, queres que seja quem a ensinar-me essas piadas?
-Oh mãe, mas piadas assim não! Se quiseres algumas decentes ligas-me, está bem?
-Está bem, está bem! - riu. - Bem, mas ontem ele trouxe cá a namorada! É tão querida, ela!
-É a irmã do Rodrigo, mãe.
-Ai é ela?
-É.
-É um amor de miúda!
-Lá isso é verdade!
-Então e tu?
-Eu o quê?
-Como é que vão as coisas com a Andreia? Nunca mais me falaste nela.
-Falamos disso noutra altura, está bem, mãe? - pedi-lhe, com cara de poucos amigos, mas mantendo um tom suave.
-Pela tua cara as coisas não devem andar famosas...
-Já não anda nada, mãe, nós acabámos.
-Mas então vocês... - vi que entrara uma cliente e tentei descartar-me da conversa. Sabia-me bem falar com a minha mãe, mas agora só queria saborear a felicidade a que havia sido premiado.
-Chegou uma cliente, mãe. Depois falamos, beijinhos - despedi-me rapidamente, dando-lhe um beijo na testa. Assim que entrei no carro conduzi com destino imediato ao Estádio da Luz.
Como cheguei um bocado antes da hora tentei ir dar um beijo à minha namorada, mas ela estava a fazer uma visita guiada a um grupo de turistas e nem a pequenina consegui ver, visto que também a tinham orientado para qualquer coisa. Não me restou mais senão ficar no bar até a hora devida chegar.
-Oi, Rúben! - cumprimentou-me o Rodrigo ao chegar perto de mim.
-Então puto!
-Chegou mais cedo? - perguntou, sentando-se à mesa comigo.
-Cheguei. Passei pelo salão da minha mãe para estar um bocadinho com ela, mas ela acabou por falar na Andreia e eu decidi vir mais cedo para não ter de falar-lhe das coisas agora. Ainda por cima agora estou tão bem outra vez!
-É, outra hora você conta pra sua mãe, então!
-Então e oh menino, esse sorriso tem motivo especial para além do óbvio? É que pronto, parece-me que está maior, e não te larga! - fiz notar, finalizando o tema anterior e seguindo com certeza um muito mais interessante.
-Vai jantar lá em casa hoje e você descobre!
-Tanto mistério! Não me digas que vou ser tio!
-Você também? Não, não vai!
-Eu também? Como assim?
-A minha irmã também pensou a mesma coisa!
-Ah. Mas olha que se vocês não tivessem cuidado acredita que a prática que vocês evidenciam tantas vezes, a esta hora já vinha um puto a caminho!
-Cheios de pressa vocês, hein? Já que é assim podem fazer vocês os vossos!
-Uii, pronto, pronto! Mas então pronto, tenho jantar garantido hoje, não é?
-Tem e o seu irmão vai jantar lá também.
-Esse também não me liga nenhuma desde que anda com a menina Mariana.
-Preferia que ele enchesse o seu saco a toda hora?
-Não!
-Então para de reclamar! E você agora também tem bastante atenção, ou não chega?
-Claro que chega! Com ela eu nem vejo o tempo passar.
-E ainda fala de mim. Olha pra essa cara de bobo!
-Olha-me este, deves andar com falta de uns golpezinhos aqui do mano! - rimos os dois. - Bem, está na hora! Vamos lá para o treino! - Levantamo-nos e seguimos com rumo aos balneários.

Visão Filipa

Quando terminei a visita disseram-me que o Rúben tinha lá ido para me ver e ver a Mónica. Fiquei um bocadinho triste porque queria ter estado um bocadinho triste porque queria ter estado um bocadinho com ele, nem que fosse só para lhe dar um beijinho e ver aquele sorriso lindo. Chegaram as 19.00h e nós duas ficamos a fazer tempo até o Rúben e o Rodrigo saírem do treino. Assim que o vi desmanchei-me num enorme sorriso. Era tão bom estar com ele, só o seu sorriso já me fazia bem.
-Olá princesa - cumprimentou-me, com um sorriso meigo dando-me um beijo igualmente doce.

-Oi! - cumprimentou-me também o Rodrigo, após beijar a Mónica.
-Olá - sorri de volta.
-Olha hoje vim tentar ver-vos antes do treino, mas ao que me constou, as meninas estavam muito ocupadas!
-Já sabemos Rú, foste um querido, não tiveste foi muita sorte! - disse-lhe a Mónica.
-Prá próxima eu que vou lá e encontro vocês! - disse o Rodrigo, já num tom para, possivelmente, iniciar o despique já tão habitual entre ele e o Rúben.
-Deves pensar que lá porque és o brasileirinho querido aqui da pequenina, que toda a gente faz o que pedes!
-Meninos, vocês são os dois lindos, agora parem lá e vamos para casa que estou a ficar com fome! - interveio a Mónica.
-Tá bom gente, vamo que hoje é a Mariana que faz o jantar e ela vai ficar brava se a gente chegar tarde!
Segui com o Rúben para o carro dele e o Rodrigo e a Mónica para o carro dele e rumamos para a casa deles, onde a Mariana provavelmente já nos esperaria.

Visão Rodrigo

Seguimos todos para minha casa, quer dizer, minha e da minha princesa, e o carro do Mauro já tava lá quando chegámos.
-Gente, têm cinco segundos pra compor tudo o que tiver descomposto, que vem um batalhão de gente entrando a porta! - falei pra dentro de casa, brincando.
-Deixa de ser bobo, Rodrigo! Aqui não tá nada descomposto! - respondeu a minha irmã, assim que a gente passou a porta.
-É melhor que não! Não me apetece ver o lingrinhas do meu irmão em cuecas! - zoou o Rúben, assim que a gente entrou na sala, onde o Mauro e a minha irmã estavam.
-Lingrinhas?! E não tens muito que falar, lá em casa da mãe, todos os dias de manhã era eu que te via em cuecas!
-Ainda te queixas? Ao menos vias alguma coisa bonita, e um bocado de músculo, que bem te falta!
-Meninos, vamos parar de discutir o físico de cada um e quem é que via quem em cuecas? Vocês são os dois uns queridos, e se há alguém que tem de opinar sobre os vossos físicos são as vossas namoradas, que por ora me parecem satisfeitas, não? - interveio a Mónica.
-Isso gente, deu pra rir dessa conversa, mas a gente veio aqui pra jantar!
-Apoiado! - se manifestou logo o Rúben. - Mariana, onde é que está o jantar?
-Tá no forno pra ficar quentinho.
-Então vamos comer! - meio que exigiu.o Rúben. Todo mundo riu, mas seguimos ele prá mesa.

-Então e essa novidade, pequenina, vem ou não vem? - quis saber o Rúben.
-É, eu tou muito curiosa, também - apelou a Mariana.
-Está bem, pronto! A novidade não é nada demais, aqui o teu irmão é que fez um festão enorme!
-Tá, mas diz logo! - pedinchou a minha irmã novamente.
-A novidade é só que vou deixar de procurar casa e vou ficar a viver aqui com o Rodrigo, definitivamente!
-Tanta coisa para declarar o óbvio, princesa? Eu aqui já com esperanças que ia ser tio!
-Eu já tinha falado que não era isso! - falei de imediato. - Quanta pressa, gente!
-Vais-me dizer que não queres ser pai? - falou o Mauro pra mim.
-Agora não quero! Ainda faltam alguns anos para isso acontecer!
-Como é que tens tanta certeza? - perguntou a Mónica, de repente. Um ar sério se abatera sobre o seu semblante.

-A gente tem sempre cuidado, amor - Ela não deu resposta alguma e a dureza do seu rosto se manteve. Aí entendi que o ambiente tava ficando pesado entre a gente, mas não percebi porquê exactamente.